Por quais motivos Consórcio é uma boa opção para aquisição de Bens?
A resposta que leva em conta o momento atual que o Brasil vive é direta, os Juros elevadíssimos da nossa economia. Consórcios são boas alternativas para fugir dos juros de financiamentos.
CONCEITO:
Em um Consórcio os participantes pagam parcelas mensais para formar um “fundo comum a todo o grupo”. Esse fundo é usado para comprar o Bem objeto do Consórcio (Casa, Carro…). O valor do Bem é dividido pela duração do Consórcio, que é definida previamente. Na prática, cada integrante paga uma fração do Bem.
Como exemplo ilustrativo, podemos ter um Consórcio onde existam 20 participantes, um único Bem tenha valor de R$ 500.000 e a duração seja de 120 meses (10 anos), a conta mensal de cada um seria assim expressada:
EXEMPLO PRÁTICO
- Participantes: 20
- Valor do Bem ou Carta de Crédito: R$ 500.000
- Taxa de Administração + Outras Taxas: 25% sobre valor do Bem ou da Carta de Crédito
- Valor a ser pago por cada participante já acrescido das Taxas de 25%: R$ 625.000
- Duração: 120 meses (10 anos)
- R$ 625.000 x 20 Participantes = Valor Total R$ 12.500.000 (é o total que deverá ser arrecadado entre os 20 participantes em 10 anos de duração do Consórcio para que se comprem 20 bens de R$ 500.000 cada um – ou se distribua Cartas de Crédito de R$ 500.000 para cada participante – cobrindo também todas as taxas da Administração do Consórcio;
- Valor Total / 120 Meses = Valor Mensal de R$ 104.157 (é o Valor Total de R$ 12,5M divididos por 120 meses. É o valor a ser arrecadado mensalmente pelo Consórcio caso todos os participantes paguem em dia);
- Valor Mensal / 20 Participantes = R$ 5.208 (mensalidade que cada participante deve pagar no período de 120 meses).
Mensalmente a Gestora do Consórcio realiza o sorteio de parte do fundo entre os participantes, tendo o vencedor do sorteio o direito de receber uma carta de crédito no valor definido no começo do consórcio para utilizar na compra do Bem. É possível que exista um “leilão” de oferta de lances por parte dos participantes. Trata-se de um adiantamento no pagamento das parcelas que qualquer participante pode efetuar. Esse “leilão” definirá quem ganhará a Carta de Crédito.
TAXAS E OUTROS ACRÉSCIMOS
Consórcios não possuem Juros, diferentemente de Financiamentos Bancários, no entanto há outras despesas como Fundo de Reserva, Taxa de Administração, Seguro, que são acrescidos ao valor da Carta de Crédito e cobrados nas parcelas mensais. No mercado atual, essas taxas somam entre 15% e 30% sobre o valor do Bem.
POSSIBILIDADE DE USO DO FGTS
Os recursos acumulados no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), podem ser usados no consórcio imobiliário. Há 3 principais possibilidades de uso:
- Para amortizar ou liquidar o saldo devedor: o saldo do FGTS pode ser usado para amortizar parte ou a totalidade do valor do consórcio. Nesse caso, o consorciado já deve ter sido contemplado;
- Ao efetuar um lance: a totalidade do saldo do FGTS pode ser utilizada para o consorciado efetuar um lance;
- Como acréscimo ao valor da Carta de Crédito para aquisição de um imóvel: caso o consorciado tenha interesse, pode acrescentar à sua Carta de Crédito o valor do seu saldo do FGTS, possibilitando assim adquirir um imóvel de maior valor.
EM QUE CASOS O CONSÓRICIO É RECOMENDADO?
É consenso entre analistas que o Consórcio é uma opção mais barata que o financiamento imobiliário, dado que os custos com Taxas e Administração são inferiores aos Juros de um financiamento, que também embutem taxas de seguros e outras mais. No entanto, é importante lembrar que o consórcio possui uma característica que deve sempre ser levada em consideração, que é a não aquisição imediata do bem em questão, pois essa depende de um lance de valor bastante significativo. Mesmo ofertando um lance, não há garantia de contemplação, portanto haverá sempre o risco de postergação da aquisição do bem pretendido.